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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

O fundamental papel do Fotógrafo nos furos jornalísticos

agosto 28, 2023 0




Por Luiz Carlos Secco

Na década de 1970, revelar os segredos da indústria automobilística brasileira era um grande desafio, por vezes, perigoso e solitário. Tive a sorte de, ao lado do fotógrafo Oswaldo Luiz Palermo, formar a primeira dupla de profissionais do setor com essa missão.

 

Naquela época, eu trabalhava no Jornal Tarde, responsável pelas notícias do setor automobilístico e não havia fotógrafos em número suficiente para pronto atendimento às necessidades dos repórteres.

 

Um dia, o Palermo, chefe do Departamento Fotográfico, demonstrando amizade e interesse, me perguntou se eu aceitaria trabalhar com seu filho, o Oswaldinho. Sinceramente, fiquei surpreso, mas sem titubear, aceitei o riquíssimo presente e, com aquela oferta, formamos a primeira dupla de repórteres dos jornais brasileiros para a cobertura desse importante setor da economia.

 

O Oswaldinho era bem jovem, não havia completado 18 anos e, em seu processo de formação profissional, trabalhava no laboratório, onde cuidava da revelação dos filmes, cópias fotográficas, dos produtos necessários para revelação dos filmes e fixação das imagens. Também já mostrava seu talento realizando alguns serviços para o jornal.

 

Juntos, realizávamos a cobertura das atividades da indústria automobilística e reportagens sobre corridas de automóveis, sinceramente, éramos uma dupla infernal, que tirou o sossego dos funcionários e diretores das fábricas de automóveis pela sequência de reportagens antecipando a exibição de futuros veículos

 

Isso porque, na opinião dos fabricantes, a publicação dos segredos comprometia a venda dos produtos existentes pela expectativa da chegada do novo modelo por quem estivesse disposto a adquirir um automóvel.

 

A juventude do Oswaldinho, sua criatividade, rapidez física e mental, foco em seu trabalho, precisão, talento, arte e muita tranquilidade em momentos difíceis foram patrimônios que herdou do pai, também repórter fotográfico.

 

Com esse comportamento destacou-se em seu trabalho, produzindo imagens perfeitas em foco, iluminação, arte e, especialmente, locais que permitisse registrar as melhores imagens de acordo com a posição dos raios solares, do tempo fechado e, em corridas de automóveis, os pontos onde podia conseguir as melhores cenas.

 

Em sua carreira, Oswaldinho sempre produziu imagens com muita vida, mesmo em momentos dramáticos e exposto ao perigo, jamais perdeu a calma, mantendo uma enervante tranquilidade. Entusiasmado em fazer um comentário sobre o Oswaldinho e saudoso da vida agitada que marcou nossa atividade, ia esquecendo de considerar a fé que sempre incluiu em seu trabalho que considero a razão de seu sucesso.

 

As fotos inesquecíveis que produziu revelaram novos modelos de veículos, como todos os Volkswagen da década de 1960 e 1970, os carros da Simca e, depois, da Chrysler, Vemag, Ford e FNM. Um desses episódios ocorreu na sala de um diretor da Simca.

 

Por indicação de um amigo, soubemos de um novo modelo que a montadora estava prestes a lançar e que já havia uma imagem do produto na sala de um diretor da Simca. O Vadeco e eu fomos à fábrica da marca e entramos para uma visita ao Departamento de Imprensa, mas, dentro das instalações, mudamos o nosso destino e fomos para área de diretoria, onde localizamos a fotografia decorando a sala do tal diretor.




 

Por ser horário de almoço e não ter ninguém na sala, o Oswaldinho fez as fotos enquanto fiquei na porta atento para avisá-lo caso surgisse algum funcionário. Foram minutos de extremo nervosismo para mim, mas de tranquilidade para Oswaldinho que garantiu a foto do modelo esportivo Simca Rallye, que foi lançado alguns meses depois.

 

Na pista de Interlagos também fez fotos memoráveis, como a sequência do tombo de moto sofrido pelo piloto Denísio Casarini. Também em Interlagos, registrou as cenas de Edgard Mello Filho que na última volta da corrida que estava liderando, seu carro ficou sem combustível e, ao parar distante poucos metros da faixa de chegada, muito aflito, tentou garantir a vitória empurrando-o o até cruzar a meta.

 

Oswaldinho também demonstrou seu oportunismo na Argentina, em corrida internacional da Fórmula 2 em que foi o único fotógrafo a registrar o acidente do piloto Juan Manuel Bordeu, ao perder o domínio de seu carro, que rodopiou na pista e subiu de marcha à ré no guard-rail, percorrendo mais de 200 metros com duas rodas apoiadas na pista e as outras sobre o guard-rail até chegar ao fim, onde refeito do susto, manobrou o carro e continuou na prova.




 

Uma das fotos produzidas pelo Vadeco que provocou mais curiosidade foi a registrada no Autódromo de Interlagos em uma manhã e publicada no Jornal da Tarde horas depois por termos descoberto a realização do teste de um protótipo produzido pela Simca e que foi levado à pista para o seu primeiro teste. O carro ainda permanecia em teste no autódromo por volta das 14 horas quando o jornal, vespertino, era distribuído na cidade de São Paulo, na mais rápida publicação de um fato ocorrido em São Paulo.

 

Em 1974, fui convidado pelo presidente Joseph O’Neill para trabalhar na Ford, na gerência do Departamento de Imprensa e, por conhecer os melhores fotógrafos do mercado, entre os quais o Oswaldinho Palermo que, junto com o Reginaldo Manente, me ajudaram a fazer da Ford a primeira empresa do mercado brasileiro a contar com um revolucionário equipamento de transmissão de fotografias por telefone.

 

Acesse nossos podcasts clicando aqui. 

 

Crédito das imagens: Oswaldo Luiz Palermo


Fonte: Secco Consultoria de Comunicação

Muito Além de Rodas e Motores

Sinais de desidratação: Como saber se estou bebendo pouca água?

agosto 28, 2023 0

Nutricionista do São Cristóvão Saúde esclarece sinais de quando a ingestão de líquido é insuficiente ao organismo 




A água é fonte de saúde e vida ao nosso corpo. A desidratação, caracterizada por uma baixa disponibilidade de água no organismo, é um problema grave que pode levar à morte se não tratada de forma adequada. Calcula-se que, em média, o corpo humano consiga sobreviver semanas sem comida, mas a maioria das pessoas só permanece viva de 2 a 4 dias sem água. Além disso, se a ingestão  é insuficiente, o organismo pode apresentar sintomas de desidratação. 

Supervisora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi alerta sobre os principais sinais emitidos pelo corpo:

  • Sede exagerada;
  • Boca e pele seca;
  • Olhos fundos;
  • Diminuição da sudorese;
  • Cansaço;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Moleira afundada em bebês;
  • Em casos graves, a desidratação pode evoluir para queda da pressão arterial, perda de consciência, convulsão, coma, falência de órgãos e morte.

Outras opções de consumo 

De acordo com a especialista, uma boa dica a quem não possui o hábito de beber água e deseja aumentar o consumo é apostar em água saborizada. “Como os ingredientes utilizados são naturais, todos têm seus benefícios, cada um pode escolher de acordo com sua criatividade e preferências. Algumas ideias são acrescentar itens como morango, mirtilos, pedaços de melancia, pepino com limão, limão e gengibre, hortelã, abacaxi, entre muitas outras opções”, sugere a nutricionista. 

Já água com gás, água de coco, sucos e chás podem auxiliar na hidratação diária. Por outro lado, o gelo não é fonte de hidratação, como muitos pensam. Ele pode compor suas bebidas, mas não serve pra substituí-las, visto que a quantidade de água em um cubo de gelo é pequena. 

“É possível fazer ‘refrigerantes naturais’, acrescentando a água com gás, limão ou suco de uva, ou ainda maçã e hortelã, por exemplo. Nesse caso, mais uma vez a criatividade é quem dá os limites”, acrescenta a coordenadora de nutrição do São Cristóvão Saúde. Há também a opção de incluir alimentos no cardápio para fortalecer as chances de hidratação, tais como:

  • Melancia;
  • Morango;
  • Pêssego;
  • Framboesa;
  • Abacaxi;
  • Pepino;
  • Abobrinha;
  • Tomate;
  • Cenoura;
  • Alface;
  • Espinafre;
  • Repolho.

Lembre-se de se hidratar logo ao acordar, com pelo menos 500 ml de água. “Durante o sono, nosso organismo consome muita água para continuar funcionando e, por isso, já acordamos desidratados, com necessidade de reposição”, indica a especialista. 

Mesmo com todas as opções mencionadas pela nutricionista, o melhor e mais recomendado é beber água. “Para hidratar, tanto faz se ela está fria ou em temperatura ambiente. A água gelada tem um leve efeito acelerador do metabolismo, já que obriga o corpo a trabalhar pra subir a temperatura novamente e a morna, um leve efeito digestivo, porque facilita a digestão das gorduras”, finaliza Cintya.  

Sobre o Grupo São Cristóvão Saúde

Administrado pela Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, o Grupo São Cristóvão Saúde possui 10 Unidades de Negócio, que englobam: Hospital e Maternidade, Plano de Saúde, Centros Ambulatoriais, Centro Cardiológico, Centro Laboratorial (CLAV), Centro Endogástrico (CEGAV), Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS I e II), Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP Dona Cica) e Filantropia. Referência em saúde, na cidade de São Paulo, a Instituição completou 111 anos em dezembro de 2022. O Grupo promove uma grande modernização e expansão em sua estrutura física e tecnológica, investindo em equipamentos, certificações e profissionais qualificados. Atualmente, o complexo hospitalar conta com 309 leitos, além de oito Centros Ambulatoriais, que realizam milhares de consultas, proporcionando qualidade assistencial às mais de 160 mil vidas do Plano de Saúde e 18 mil vidas do Plano Odontológico.  

O Grupo São Cristóvão Saúde tem como Presidente/ CEO o Engº Valdir Pereira Ventura, responsável pelas Unidades de Negócio e, desde 2007, atuando à frente das decisões Institucionais. 
 

Fonte: PR Consulting Americas 

Agro, comércio e serviço podem pagar a conta da indústria na reforma tributária

agosto 28, 2023 0


Ives Gandra da Silva Martins *

A Câmara dos Deputados reformulou consideravelmente a PEC 45,mas manteve intacto o seu número para não dar a impressão de uma nova proposta ao projeto constitucional. Teve o poderoso apoio da indústria brasileira, única a ser beneficiada com redução da sua carga tributária, e com forte protagonismo do presidente da Câmara, conseguiuaprovar em primeira discussão o novo regime tributário para o país, sem obedecer, para o segundo turno, a aprovação após 5 dias, fazendo sua ratificação em poucas horas.


A ideia básica da proposta seria simplificar o sistema de tributação circulatória de bens e serviços com uma única alíquota sem exceções, em torno de 25%, substituindo os antigos tributos ICMS, ISS, PIS/Cofins pelo novo com o duplo nome de CBS e IBS, e transformando o IPI num imposto seletivo.

Por prever o sistema de incidência no destino e a dualidade de imposição da União (CBS), Estados e Municípios (IBS), criou-se um Conselho Federativo com poderes impositivos substitutivos da competência de tributos de 26 Estados, DF e 5.570 Municípios.

Tal novo poder impositivo de um Conselho constituído de 26 Estados, Distrito Federal e 28 representantes dos 5.570 Municípios definirá, de acordo com a PEC,as regras do novo tributo em consonância com a União no CBS,tornando-o, também, agente receptor e distribuidor do novo tributo, cabendo às entidades federativas apenas o direito de alterar as alíquotas, se quiserem, deixando, pois,de terem a competência plena que tinham.

Para a simplificação, que seria o objetivo maior do novo sistema, como mostrou Everardo Maciel em recente artigo, triplicaram os artigos da Constituição dedicadas à matéria tributária e mantiveram vigente o sistema atual até 2033, devendo conviver com o CBS a partir de 2026 e o IBS a partir de 2029. Vale dizer, para simplificar, criaram um sistema que vigorará junto com o atual pelos próximos 10 anos.

Felipe Salto, em artigo recente, mostrou que PIS/Cofins, ICMS e ISS representam aproximadamente 11,8% do PIB e que a alíquota únicapara manter o mesmo nível de arrecadação com um imposto sem tratamentos especiais, deveria ser de 23,6% (CBS/ IBS). Foram, todavia, abertas inúmeras exceções para a agropecuária, educação, saúde, clubes esportivos, igrejas, parques e restaurantes, com o que esta alíquota do novo IVA brasileiro deverá estar em torno de 33,5%.

Novas pressões deverão ocorrer no Senado. O setor de serviços perde o ISS de no máximo 5% e de Cofinscumulativo de 3%, além do PIS, e suportará, possivelmente, 33,5% no mais alto IVA do mundo.

Fundos compensatórios serão criados, sendo que muitos Estados e Municípios serão beneficiados com o novo sistema e os que perderem receitasserão compensados pela União.Quando uns ganham e outros não perdem, quem terá que suportar este aumento deverá ser o contribuinte.

Tudo o que escrevi são suposições, pois apesar do cinematográfico aumento dos dispositivos constitucionais, não se tem nenhum projeto de lei complementar ou de legislação originária para saber como, nos detalhes, funcionará a nova estrutura tributária e muito menos as projeções financeiras de quem ganha, de quem perde e da alíquota básica.

Por esta razão, em recente Congresso Tributário do Instituto Geraldo Ataliba, a esmagadora maioria dos conferencistas, todos de renome nacional e internacional, condenou o açodamento da aprovação da reforma sem os referidos textos, sobre colocar em dúvida que o sistema proposto seria mais simples, mas tendo a certeza que a agropecuária, comércio e serviços serão pesadamente tributados para beneficiarem-se, com redução, a indústria e, indiretamente, o sistema financeiro.

*Ives Gandra da Silva Martins é advogado tributarista/constitucionalista, professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio-SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

Fonte: Gabriela Romão 

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