Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alertam que o cuidado diário com a pele deve ir além dos momentos de lazer
São Paulo, 28 de novembro de 2025 – O câncer de pele é o tipo mais frequente entre todos os tumores malignos. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 220 mil novos casos por ano de câncer de pele não melanoma, o que representa aproximadamente um terço de todos os diagnósticos de câncer no país. A principal causa é conhecida: a exposição excessiva à radiação ultravioleta (RUV), algo que não afeta apenas quem passa o dia sob o sol.
Um estudo publicado neste ano pela Revista Brasileira de Medicina do Trabalho mostrou que 28% da população economicamente ativa no mundo está exposta à radiação solar durante o trabalho, e que cerca de um terço das mortes por câncer de pele não melanoma estão associadas a essa exposição ocupacional, principalmente em homens e idosos.
“Esses dados mostram como o sol está presente em diferentes contextos e pode representar um risco constante. A diferença está apenas no tempo e na frequência dessa exposição, mas o efeito cumulativo é o mesmo. Por isso, a conscientização precisa ir além dos momentos de lazer”, afirma o Dr. Waldec Jorge, head do Núcleo de Tumores de Pele e Sarcomas do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
O sol da rotina também exige cuidado
Segundo a Dra. Larissa Montanheiro, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, pequenas exposições acumuladas ao longo dos anos, caminhar até o ponto de ônibus, dirigir com o braço apoiado na janela ou praticar atividades ao ar livre sem proteção, podem ter efeito semelhante à exposição prolongada pontual, quando repetidas diariamente.
“A radiação ultravioleta causa danos cumulativos às células da pele. Esses danos são invisíveis no início, mas se acumulam com o tempo e aumentam o risco de desenvolver câncer de pele. Por isso, o uso do protetor solar deve ser visto como um hábito de saúde, assim como escovar os dentes ou usar cinto de segurança.”
Ela destaca que muitos pacientes esquecem de proteger áreas sensíveis: “a orelha, por exemplo, é uma das regiões de maior risco e costuma ser esquecida na hora de aplicar o protetor. Isso vale para o couro cabeludo, especialmente em pessoas com rarefação ou perda capilar, onde a exposição é direta. Nesses casos, o uso do chapéu é fundamental”, orienta.
O uso de protetor solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicado ao longo do dia, associado a barreiras físicas, como roupas leves, chapéus de aba larga e óculos escuros, é a principal medida de prevenção. “Mesmo quem não trabalha ao ar livre deve lembrar que o sol também atravessa vidros e reflete em superfícies como água, areia e concreto”, complementa a médica.
Reconhecer sinais e procurar avaliação
Os tipos mais comuns de câncer de pele são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Já o melanoma, embora menos frequente, é mais agressivo e pode se espalhar rapidamente para outros órgãos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, quando descoberto no início, tanto os carcinomas como os melanomas têm mais de 90% de chance de cura. Por isso, o diagnóstico precoce, medidas protetivas e avaliação dermatológica anual são fundamentais para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.
Uma das principais estratégias de prevenção pode ser o autoexame. Para isso, a Dra. Larissa recomenda a adoção da regra ABCDE, para analisar as pintas do corpo, que auxilia na identificação de lesões suspeitas:
• A (Assimetria): pintas com formas desiguais.
• B (Bordas): pintas com bordas irregulares ou mal definidas.
• C (Cor): alterações ou múltiplas cores em uma mesma pinta.
• D (Diâmetro): lesões maiores que 5mm.
• E (Evolução): mudanças no tamanho, forma ou cor das pintas
“A chave é observar a própria pele e procurar um especialista diante de qualquer lesão nova, ferida que não cicatriza, pinta que muda de cor ou formato. O diagnóstico precoce faz toda a diferença”, reforça Dr. Waldec Jorge.
Para ele, o Dezembro Laranja é um convite para olhar a prevenção de forma mais ampla, entendendo que proteger a pele é um gesto diário, não sazonal.
“O mesmo sol que afeta quem trabalha sob ele oito horas por dia é o que incide sobre nós em trajetos curtos ou atividades comuns. A diferença é que os efeitos são silenciosos, e o tempo, nesse caso, é o verdadeiro fator de risco.”
Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz
No Hospital Alemão Oswaldo Cruz servimos à vida. Somos um hospital de grande porte, referência em alta complexidade e confiabilidade. Uma instituição de 128 anos, sólida, dinâmica e determinada a inovar e contribuir com o desenvolvimento da saúde. Nossa excelência é resultado o da nossa dedicação, prontidão, empatia no cuidado e na nossa incansável busca pela melhor experiência e resultado para nossos pacientes, com qualidade e segurança certificados internacionalmente pela Joint Commission International (JCI). Contamos com um corpo clínico diversificado e renomado, além de um modelo assistencial próprio, que coloca o paciente e familiares no centro do cuidado. Nosso protagonismo no desenvolvimento da saúde é sustentado por três pilares estratégicos: Saúde Privada; Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital; Sustentabilidade e Responsabilidade Social.
Fontes: Conteúdoink e Comunicação Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz



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