Mesmo com a pandemia, Brás deverá registrar recorde até a véspera do Natal
Por Eduardo Martellotta
Com a proximidade das festas natalinas, o Brás, maior polo de comércio atacadista e varejista da América Latina, começa a receber um grande número de compradores, que vêm de outros Estados do Brasil e até de países vizinhos, para as compras de Natal.
A Prefeitura autorizou a reabertura do comércio de rua no último dia 10 de junho, quando a cidade estava na fase amarela do plano estadual de flexibilização econômica. Atualmente o município se encontra na fase verde, a menos restritiva.
A expectativa é receber um milhão de pessoas, até o dia 24 de dezembro, véspera do Natal. A Companhia de Engenharia de Tráfego - CET montou um esquema especial nas principais ruas do comércio popular, com o bloqueio de vias no entorno do Largo da Concórdia, para os veículos. São elas: rua Maria Marcolina, rua Visconde de Abaeté, rua Conselheiro Belisário, rua Casimiro de Abreu, rua Barão de Ladário, rua Monsenhor Andrade, rua João Teodoro, rua São Caetano, rua Tiers, avenida Vautier e rua Oriente. Os bloqueios ocorrerão das 5h30 às 15h. Com a operação, a Polícia Militar, em especial o 13° BPM/M orienta o povo a utilizar o transporte público para chegar ao bairro.
A PM realiza desde o dia 20 de outubro, uma operação contra o comércio irregular nas ruas do Brás.
Segurança na pandemia
Os lojistas, porém, precisam oferecer aos compradores, segurança na hora das compras, para prevenção da Covid-19 – álcool em gel na porta, medidor de temperatura corporal, e distanciamento de pelo menos 1,5 m, o que não tem acontecido na maioria dos casos, segundo reportagem exibida pelo SPTV1, na Rede Globo. Os compradores, por sua vez, são obrigados a fazer uso de máscara nas ruas e dentro das lojas, o que também não tem ocorrido, muitos até a usam incorretamente, sobre o queixo ou com o nariz para fora, e outros sequer a colocam.
Todos os locais são corredores estreitos, e com a presença dos vendedores ambulantes, aumentam mais as aglomerações. Ou seja, os riscos de contaminação não estão restritos somente aos shoppings e galerias populares. Não pode haver relaxamento, é preciso se prevenir porque a pandemia ainda não acabou.
E-commerce é boa alternativa
Alguns lojistas têm optado pelo comércio eletrônico (e-commerce) para faturar mais nesta pandemia. Como é o caso do comerciante Alex Farias, da loja Aline Lingerie, situada na rua João Teodoro, 1.300. Ele relatou ao Portal E5 que teve um aumento em torno de 20% nesta nova modalidade de venda na loja. “Porém, como estou trabalhando de portas abertas das 8h às 16h, o movimento de clientes tem aumentado na loja”, completou ele.
Alex assegurou que o cliente terá toda segurança ao visitar o espaço, pois ele está tomando os devidos cuidados em relação à Covid-19, utilizando tapete sanitizante na entrada da loja e com álcool gel, álcool spray líquido em vários lugares da Aline Lingerie e também com limitações de pessoas dentro do estabelecimento. E está bastante otimista. “Para o final deste ano, acredito que as vendas serão boas, pois os consumidores, por estarem maior tempo em suas casas, vão querer se presentear”, explicou Alex.
Alex está bastante otimista com as vendas de fim de ano na Aline Lingerie
Fotos: jornalista Eduardo Martellotta